Nesse “Setembro Vermelho”, quando as pessoas dão mais atenção para os cuidados do coração, a divisão de saúde animal da Boehringer Ingelheim alerta para as doenças cardíacas nos cães. Essa é uma questão bastante relevante quando se observa que essas doenças atingem, em média, um em cada dez animais; e esse número pode chegar até 35% quando se considera cães com idades acima de 13 anos. Apesar de algumas raças específicas tenham mais predisposição genética para o surgimento de doenças cardíacas, a prevenção é sempre importante em todos os cães, pois, como as principais doenças cardíacas caninas não têm cura, a detecção precoce e o tratamento adequado são muito importantes.
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A Boehringer Ingelheim tem como pilar de atuação a inovação, e investiu no ano passado 416 milhões de euros em Pesquisa e Desenvolvimento somente na divisão de Saúde Animal. Uma das principais inovações tecnológicas da empresa é o aplicativo para smartphone My Pet’s Heart2Heart, que mede a Frequência Respiratória em Repouso (RRR) de um cão, ou seja, o número de respirações dele durante o sono ou em período de relaxamento deitado. Ao identificar alguma alteração, o aplicativo alerta para uma possível insuficiência cardíaca, que deve ser analisada por meio de um médico-veterinário.
De acordo com Juliana Goldschmidt, gerente da área de Pets da Boehringer Ingelheim, o monitoramento é fundamental para identificar um problema de maneira precoce, já que o primeiro sinal de insuficiência cardíaca aparece pela RRR irregular, antes de tosse ou dispneia.
“Desenvolvemos o aplicativo com o objetivo de dar mais uma ferramenta aos tutores e médicos-veterinários para identificação precoce de problemas cardíacos, que são muito comuns em cães e muitas vezes são detectados com a enfermidade já avançada, dificultando o tratamento. Detectar insuficiência cardíaca em estágio inicial permite uma intervenção adequada, com possibilidade de tratamento e garantindo o bem-estar do pet por período prolongado”, diz. A executiva reforça que o diagnóstico e tratamento devem ser feitos exclusivamente por um médico-veterinário de confiança.
Doenças cardíacas em cães
O mau funcionamento do coração dos cães pode ter diferentes causas. As duas doenças mais frequentes são a Doença Valvar Crônica (DVC) e a Cardiomiopatia Dilatada (CMD). Ambas não têm cura, mas existem tratamentos clínicos que aliviam os sintomas e geram qualidade de vida, especialmente se a doença for identificada no início.
O coração é o responsável pelo bombeamento do sangue que circula pelo organismo, levando oxigênio e nutrientes. Assim como outros mamíferos, os cães têm dois átrios e dois ventrículos que são separados por válvulas responsáveis por manter o fluxo sanguíneo no caminho correto. De maneira simplificada, o funcionamento do coração se dá por meio de um sistema de abrir e fechar as válvulas, aliado à contração e ao relaxamento do músculo cardíaco.
A cardiopatia mais comum em cães é a DVC, que acomete justamente as válvulas do coração e as estruturas que as sustentam. Embora seja mais comum em cachorros idosos e de raças pequenas – como maltês, poodle e dachshund –, aqueles com predisposição genética para a doença podem desenvolver sinais ainda jovens, como é o caso da raça Cavalier King Charles Spaniel.
Já a CMD é caracterizada pela perda da função do músculo cardíaco, prejudicando a capacidade de contração do coração. A doença é mais comum em cães de grande porte, como boxer, dogue-alemão, labrador e, especialmente, o dobermann, que tem predisposição genética para o desenvolvimento da enfermidade.
De acordo com a Dra. Karin Botteon, gerente técnica da área de Pets da Boehringer Ingelheim, à medida que essas doenças avançam, o coração perde sua função de bombeamento e um quadro de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) pode ser desenvolvido. “Uma alternativa para tratamento dos sinais leves, moderados ou severos da ICC em cachorros é o Vetmedin®, que promove a vasodilatação mista, ou seja, aumenta o diâmetro de artérias e veias, e aumenta a força de contração do coração, possibilitando que o sangue seja bombeado com mais facilidade”, afirma. “Para que o tratamento seja feito da maneira adequada, recomendamos que os cães façam check-ups frequentes a partir dos sete aos de idade para possíveis problemas, e que os tutores estejam atentos a alterações na saúde e no comportamento deles”.